Após 11 mil abandonos, MP quer fim do revezamento de alunos em SC.

8 mil alunos que abandonaram os estudos desde os início da pandemia na rede estadual de ensino,

Após 11 mil abandonos, MP quer fim do revezamento de alunos em SC.
Temos uma tragédia real. Não bastassem os 8 mil alunos que abandonaram os estudos desde os início da pandemia na rede estadual de ensino, agora, somam-se a este número, mais 11 mil estudantes das redes municipais de Santa Catarina.

A informação foi revelada pelo promotor de justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude no Ministério Público (MP-SC),  João Luiz de Carvalho Botega. Ele defende a redução ou eliminação do revezamento de alunos para que todos possam estar presencialmente nas unidades escolares. 

São crianças e adolescentes carentes com dificuldade de acesso à internet, sem equipamentos eletrônicos adequados, muitas vezes sem o apoio familiar necessário e, também, que largaram os estudos para ajudar os pais desempregados a trazer renda para casa ou trabalhar na lavoura e fiação, por exemplo.

Botega afirmou que um auxílio financeiro para estimular a manutenção destas crianças e adolescentes na sala de aula seria uma medida importante.

“Se bem desenhado e bem estruturado, que não seja apenas a bolsa, mas focado na qualidade da educação seria uma estratégia interessante”, disse. O governo de São Paulo criou uma bolsa anual de R$ 1000,00 para apoiar alunos carentes na permanência escolar. O secretário de Educação (SC) Luiz Fernando Vampiro pediu para a Diretoria de Ensino da pasta para estudar o caso.

O promotor disse que é preciso reduzir o revezamento de alunos e fazer o reforço na busca ativa dos ausentes.

“Comprovamos que a escola, quando os protocolos são bem seguidos,  é de fato, um  espaço extremamente seguro do ponto de vista sanitário…..e agora precisamos avançar para receber todos os alunos em sala de aula, exceto do  grupo de risco, e que se  possa reduzir e até eliminar o revezamento, fazendo com que todas as crianças possam ter aulas presenciais  todos dos dias. Está mais do que comprovado que o contato presencial é insubstituível”, afirmou.
 
 
 
Fonte: NSC
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