Com reservas do goleiro ao centroavante, o Inter teve 70 minutos de domínio sobre o Atlético-MG. E foi castigado com dois gols na metade final do segundo tempo, levando 2 a 0 antes de entrar em campo pela semifinal da Libertadores, às 21h30min de quarta-feira. O problema é que o resultado deixa a equipe na 14ª posição no Brasileirão, podendo ser ultrapassado por Vasco e Goiás nesta 25ª rodada, ficando às portas do Z-4.
A escalação de Coudet teve até improvisação e estreia. Rômulo, que vem sendo o imediato de Johnny entre os titulares, voltou a ser lateral-direito. Gabriel Barros, contratado em abril, começou uma partida pela primeira vez. No Atlético-MG, Luiz Felipe Scolari mandou a campo o que tinha de melhor. Edenilson, como não poderia ser diferente, foi bastante vaiado pelos colorados.
O começo da partida nem parecia ser de reservas contra um time milionário. Empolgado pelo ambiente, o Inter partiu para cima. Aos cinco minutos, Luiz Adriano arriscou de longe, Everson defendeu todo desajeitado, mas salvou. Na base da pressão e recuperando bolas no campo de ataque, a segunda conclusão foi de Rômulo, também de fora da área, por cima. Aos 14, Nico Hernández achou um espaço às costas de Mariano para Dalbert. O cruzamento encontrou Gabriel Barros, já na área, sozinho. Seu chute, sem nem dominar, foi por cima, desperdiçando mais uma oportunidade.
Levou mais de 20 minutos para que o Atlético-MG, enfim, conseguisse se assentar em campo. A insistência nos lançamentos diretos para Hulk encontrava uma defesa bem postada, o que irritava o centroavante adversário.
Quando o ímpeto dos reservas colorados diminuiu, a partida ficou arrastada, de intermediária a intermediária. Só aos 42 o Inter voltou a arrematar. Em uma jogada que começou com um belo drible de Gabriel Barros sobre Battaglia, a bola chegou até Campanharo, com espaço. Mas seu chute, de fora da área, não teve direção.
Nos acréscimos, o Inter voltou a levar perigo. Em cruzamento da direita, Gabriel Barros ajeitou para Lucca. Seu chute, na área, foi travado. Na volta, Luiz Adriano escorregou e perdeu o equilíbrio na hora de chutar.
Não houve substituições no intervalo do lado do Inter. No Atlético-MG, Scolari tirou Pedrinho e colocou Igor Gomes.
Novamente, o Inter começou acelerado. E com uma chance clara já no segundo minuto. Bruno Henrique cobrou escanteio para a área, Luiz Adriano cabeceou e Everson fez um milagre, salvando tão em cima da linha que pareceu ter tirado após a linha. Mas não foi o caso, a defesa foi legal.
Aos oito, o Inter teve uma oportunidade clara. Lucca foi lançado pela esquerda, driblou Bruno Fuchs e buscou Luiz Adriano. Guilherme Arana cortou mal e ela sobrou pra Bruno Henrique, de frente, dentro da meia-lua. Mas, apesar de buscar o canto, o chute foi fraco, Everson defendeu sem rebote.
A partir dos 15 minutos, Coudet começou a colocar alguns titulares. Mauricio e Hugo Mallo entraram nos lugares de Rômulo e Gabriel Barros.
Assim como na etapa inicial, o Atlético-MG conseguiu equilibrar a partida a partir da metade do jogo. Mesmo que não criasse tanto, ao menos saía da pressão colorada. Aos 24, o Galo acertou a primeira conclusão na direção do gol. Edenilson, de primeira, fez Keiller defender sem rebote.
Coudet buscou mais um atleta que estará em campo na quarta-feira. Aránguiz entrou no lugar de Campanharo.
Aos 28, o Atlético-MG teve sua primeira oportunidade. O que é suficiente para quem tem Hulk. Edenilson avançou pela direita e fez um cruzamento na medida para Paulinho. Sua cabeçada foi defendida por Keiller. Seria uma defesaça, mas Hulk girou em torno de si e, de puxeta, marcou: 1 a 0.
Com a desvantagem, Coudet fez as trocas ofensivas. Alan Patrick e Valencia entraram, saíram Bruno Henrique e Lucca. Só que, dois minutos depois de eles entrarem, antes mesmo de tocarem na bola, o Inter deu um presente ao Atlético-MG. Dalbert cobrou um lateral no pé de Igor Gomes, do Galo. Ele ganhou dando um chapéu em seu xará colorado e, na frente de Keiller, matou o jogo: 2 a 0.
Nos acréscimos, Mallo fez falta forte em Arana e foi expulso. A ampliação do placar tinha liquidado o Inter. Ao final, a torcida não esmoreceu e cantou a música que pede foco na Libertadores.
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