Com a paralisação do futebol brasileiro desde março, surgem dúvidas sobre calendário e, principalmente, renovações de contrato na categoria feminina.
A CBF destinou R$ 19 milhões aos clubes que disputam as Séries C e D e aos participantes das duas divisões do Brasileirão feminino como forma de auxilio durante o período sem jogos.
A dupla Gre-Nal precisou cortar 25% dos salários de seus elencos como parte do plano de contingência para enfrentar a crise financeira. Porém, a medida provisória sobre redução e suspensão da jornada de trabalho garantiu o pagamento dos benefícios por meio do governo federal.
Só que a falta de decisões por parte da CBF preocupa a Dupla. No futebol feminino, os prazos dos contratos são diferentes entre os clubes. O Grêmio possui atletas com vencimento tanto no meio do ano quanto no fim.
— Foto: Fernando Alves | Grêmio FBPA
- A gente não tem nenhum contrato que venceu durante esse período. Fazemos contatos com as atletas, elas têm acompanhamento psicológico e ansiedade de voltar aos treinos. Tiveram perda de 25% do salário, mas com contrato em dia, pagamento em dia - reforça o coordenador geral do futebol feminino no Tricolor, Álvaro Prange.
Até o momento, não há previsão de retorno aos treinos presenciais. As jogadoras mantêm atividades de forma virtual com a comissão técnica. Além disso, o estádio Vieirão, em Gravataí, usado pelo clube para a modalidade, está cedido à prefeitura para abrigar moradores em situação de rua durante a pandemia.
O Grêmio ocupava a sexta colocação da Série A1 do Brasileirão feminino antes da paralisação do futebol, com nove pontos em cinco jogos.
Situação semelhante no Inter
Do lado colorado, os contratos vencem em 31 de dezembro de 2020 e de 2021, uma situação mais tranquila em relação a renovações. Junto aos treinos e acompanhamento médico e psicológico por videoconferência, as gurias do Inter participam de "lives" que sirvam de inspiração para o momento sem jogos.
- Convidamos alguma pessoa importante dentro do futebol feminino, mesmo no futebol em geral. Apia Pia Sundhage, técnica da Seleção, conversou com elas, o (zagueiro) Bruno Fuchs também. Sempre buscamos alguém para motivá-las. Esta é uma das nossas principais ações de três meses paradas -destaca a coordenadora técnica Duda Luizelli.
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