Os 684 quilômetros de extensão da BR-282, que cortam o estado de Santa Catarina, acabaram se tornando um corredor violento, com expressivo número de acidentes fatais. Entre 1º de janeiro e 19 de setembro deste ano, foram contabilizadas 68 mortes na rodovia, em Santa Catarina. Deste total, 20 vítimas fatais foram resultado de acidentes registrados na região, trecho entre Chapecó e São Miguel do Oeste.
Os dados foram repassados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e representam apenas as vítimas que morreram no local do acidente. Não são contabilizadas as vítimas que acabaram vindo a óbito após o socorro, a caminho ou já durante o atendimento nos hospitais, o que torna o número de mortos ainda maior.
O número de pessoas que ficaram feridas é de 968, até o dia 10 de setembro deste ano. O total de acidentes neste período, em toda extensão da BR-282 foi de 826. Somente no trecho entre Chapecó e São Miguel do Oeste, a PRF contabilizou 135 acidentes e 151 feridos até o dia 10 de setembro.
Arte: Fernando Zimmermann/O Líder
PRF FALA EM IMPRUDÊNCIA E NÚMEROS EXPRESSIVOS
Conforme o chefe do Núcleo de Comunicação Social da PRF-SC, Adriano Fiamoncini, o alto número de acidentes e vítimas fatais é resultado principalmente da imprudência dos motoristas. “Essa imprudência se mostra de várias formas, através da velocidade excessiva, ultrapassagem em local proibido ou local permitido, mas na hora errada, uso de celular e embriaguez ao volante, não uso do cinto de segurança e várias outras infrações que levam diretamente a acidentes”, reforça.
Fiamoncini ressalta ainda que as colisões traseiras acumulam o maior número de acidentes em quantidade, mas quando se trata de ocorrências graves, com vítimas feridas ou mortas, são as colisões frontais que se destacam neste cenário. Ele afirma que os números são expressivos para a extensão da rodovia.
Colisões frontais acumulam o maior número de mortos e feridos (Foto: Divulgação PRF)
TRECHO EM OBRAS
Questionado sobre o trecho em obras da BR-282, entre Chapecó e São Miguel do Oeste, Fiamoncini ressalta que este cenário não pode ser responsabilizado pelos acidentes. Para ele, as obras causam transtornos, mas tem o objetivo de melhorar as condições da rodovia para o tráfego de veículos.
“Toda obra traz transtornos, mas o transtorno é temporário e o benefício é permanente. Então quando o motorista se deparar com homens trabalhando, com placas, máquinas, com desvios, ele imediatamente tem que reduzir a velocidade e aumentar a atenção, respeitando aquele momento temporário, sabendo que quando a obra finalizar terá uma rodovia mais bem sinalizada e mais segura para transitar”, destaca o chefe do setor de comunicação.
SEMANA DO TRÂNSITO DA PRF
Na Semana Nacional do Trânsito, a PRF intensificou as ações de conscientização. Fiamoncini lembra que a Polícia Rodoviária Federal realiza visitas em escolas, universidades, empresas e hospitais, conversando com crianças, jovens, adultos, motociclistas e caminhoneiros, sempre na busca de sensibilizar o público sobre a educação no trânsito. O objetivo é reduzir o número de acidentes, lembrando às pessoas sobre a importância dessa conscientização, para reverter a tragédia que é o trânsito brasileiro.
Fonte: Carine Arenhardt/WH Comunicações
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